quinta-feira, novembro 03, 2011

O segredo das horas

Ah, meu bem! O cinza do dia
Em claro e bom tom, anuncia
O segredo das horas, dos olhos.
O cinza quieto e indiscreto
Transa nas palavras
O verbo que traçamos naquele dia.
Meu bem! Meu bem!
De repente, temos um teto
E um segredo espalhado ao vento
(e que vento!)
Deixa um sorriso (e o cinza inquieto!)
Talvez, como diriam, uma retomada:
Sou cinza e pintei o dia de cinza
Pra valorizar o amor no verso
Pra desabrochar em qualquer palavra.


-João Gabriel de Novaes Gomes